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Em mais um gesto populista, há apenas três dias no governo, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou ainda estar em ritmo de campanha eleitoral. Ao invés de ditar rumos com propostas concretas para o país, o capitão da reserva insiste, assim como fez em seu discurso de posse, na narrativa de que há uma "ameaça socialista" e que, por isso, se empenhará e dará, se preciso, o próprio sangue para que a bandeira do Brasil jamais seja vermelha.
Para combater o socialismo e a ameça que nunca existiu, Bolsonaro brinda seus eleitores mais raivosos com ações que vão da incitação a violência, passando pela intolerância e até mesmo gestos que beiram a infantilidade, como o desta quinta-feira (3): as cadeiras vermelhas do Palácio do Alvorada foram trocadas por cadeiras de cor azul.
Se a substituição das cadeiras no Alvorada e o jargão "a nossa bandeira jamais será vermelha" estão no campo do simbolismo, outras ações de perseguição política são práticas. Uma delas foi a exoneração de 320 servidores em cargos comissionados que, de acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, faz parte da "despetização" que será promovida pelo governo Bolsonaro.
Além disso, também nesta quinta-feira (3), veio à público que militares farão sabatina ideológica com candidatos a cargos no novo governo. Aqueles que tiverem ideias consideradas "petistas" ou "socialistas", naturalmente, não terão a menor chance de serem contratados.
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