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Em coluna na edição desta segunda-feira (28) da Folha de S.Paulo, Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia pela Universidade de Oxford, diz que Jair Bolsonaro (PSL) "é o herdeiro ideológico da facção das Forças Armadas ligada aos torturadores, que não aceitou a abertura democrática e partiu para o crime: esquadrão da morte, garimpo, jogo do bicho".
"É a mesma linhagem que nos deu as milícias", diz Rocha Barros, que afirma ainda que essa "herança" agora ronda o Planalto.
O sociólogo diz que com o que já foi exposto, fica difícil negar a relação entre Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), e as milícias.
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"A família Bolsonaro já defendeu as milícias publicamente repetidas vezes. E conhecia muito bem Adriano da Nóbrega muito antes da suposta indicação de Queiroz. Jair Bolsonaro defendeu o sujeito no plenário da Câmara já em 2005", diz o artigo.
"Flávio Bolsonaro foi mais longe: já homenageou o suposto líder do Escritório do Crime na Assembleia Legislativa duas vezes, nas duas ocasiões elogiando-o com entusiasmo. Concedeu-lhe a Medalha Tiradentes, maior honraria oferecida pelo legislativo estadual fluminense. Na ocasião, Nóbrega estava preso por assassinato. Recebeu a medalha na cadeia", continua.
Segundo Rocha Barros, com base "só na versão oficial, portanto, pode-se dizer, sem medo de errar: se o Coaf não tivesse feito seu trabalho, já teríamos milicianos fazendo churrasco no Palácio da Alvorada, brindando com os generais, escolhendo Moro para zagueiro do time na pelada".
Leia a coluna de Celso Rocha de Barros na íntegra.
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