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A polêmica do caso Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que mantém relações até mesmo com líderes da milícia carioca, chegou até a Receita Federal. De acordo com o site Valor, o órgão abriu um procedimento na quarta-feira (23) para investigar as movimentações financeiras de 27 deputados estaduais do Rio de Janeiro e seus assessores.
A base para a investigação é o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que motivou a investigação do Ministério Público contra Queiroz. Pelo fato de o ex-assessor ter depositado um cheque de R$24 mil para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, ela também será investigada pela Receita, assim como o senador eleito Flávio Bolsonaro.
O depósito que Queiroz fez na conta da primeira-dama faz parte de uma movimentação financeira considerada atípica pelo Coaf. Homem de confiança da família Bolsonaro, o ex-assessor movimentou R$1,2 milhão no período de um ano, entre 2016 e 2017, e também de R$ 5,8 milhões, entre 2014 e 2015.
Caso a investigação da Receita não consiga explicar as movimentações de Queiroz e o cheque à primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro pode passar a ser alvo de análise do órgão.
À época que as movimentações atípicas de Queiroz vieram à tona, Bolsonaro afirmou que o cheque depositado à sua esposa faria parte de uma "dívida".