Ex-PM estava preso por homicídio quando recebeu homenagem de Flávio Bolsonaro

Por iniciativa do então deputado estadual, Adriano Nóbrega recebeu, em 2005, a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa

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[caption id="attachment_165148" align="alignnone" width="680"] Foto: Reprodução[/caption] Mais um capítulo da “novela” Flávio Bolsonaro. Adriano Nóbrega, ex-policial militar, foragido e suspeito de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro, estava preso quando foi homenageado por Flávio. Por iniciativa do então deputado estadual, Adriano recebeu, em 2005, a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa, de acordo com informações de Ana Luiza Albuquerque, Ítalo Nogueira e Júlia Barbon, da Folha de S.Paulo. Fórum terá um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Adriano foi preso preventivamente, em janeiro de 2004, acusado pelo homicídio do guardador de carro Leandro dos Santos Silva. O ex-policial chegou a ser condenado no Tribunal do Júri em outubro de 2005, mas obteve recurso e ganhou novo julgamento. Resultado: foi solto em 2006 e absolvido em 2007. Flávio já havia homenageado o PM em outubro de 2003, quando apresentou moção de louvor em seu favor. De acordo com o senador eleito, Adriano desenvolvia sua função com “dedicação, brilhantismo e galhardia”. Extorsão e ameaça Três meses depois, Adriano foi preso junto a outros dez policiais militares pelo assassinato de Leandro. O jovem havia denunciado os agentes no dia anterior por extorsão e ameaça. Conforme a acusação, os policiais mataram o rapaz e alteraram a cena do crime para tentar forjar um auto de resistência. Testemunhas apontaram que o rapaz foi assassinado sem ameaçar os policiais. Oito meses após a absolvição, a esposa do ex-PM, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, foi nomeada assessora do gabinete de Flávio, na Assembleia Legislativa. Não para por aí. Um ano depois de absolvido, Adriano foi preso de novo, sob a acusação de tentativa de assassinato do pecuarista Rogério Mesquita. Adriano foi preso novamente em dezembro de 2011, na Operação Tempestade do Deserto, resultado das investigações da mesma tentativa de assassinato que resultou numa denúncia contra os envolvidos. Bicheiros A relação próxima com bicheiros fez com que Adriano fosse exonerado da Polícia Militar em 2014. Após investigações internas, ele foi considerado culpado da acusação de atuar como segurança de José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, contraventor da máfia dos caça-níqueis. Agora que você chegou ao final deste texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais