MP vai oferecer delação premiada a miliciano homenageado por Flávio Bolsonaro

Promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro vão oferecer benefícios da delação premiada para que o major Ronald Paulo Alves Pereira - um dos cinco presos na Operação Os Intocáveis, deflagrada para desarticular uma das maiores milícias da cidade - fale sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes.

Flavio Bolsonaro (e) e Ronald, de óculos e boné, ao ser preso. (Reprodução/Montagem)
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Reportagem de Chico Otávio e Vera Araújo, na edição desta quarta-feira (23) do jornal O Globo, afirma que os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro vão oferecer benefícios da delação premiada para que o major Ronald Paulo Alves Pereira - um dos cinco presos na Operação Os Intocáveis, deflagrada para desarticular uma das maiores milícias da cidade - fale sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes. Leia também: Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete mãe e mulher de miliciano suspeito da morte de Marielle Em março de 2004, o major Ronald Paulo Alves Pereira, então capitão, recebeu uma homenagem por meio de uma moção honrosa proposta por Flávio Bolsonaro (PSL/RJ). A moção de número 3.480 foi de louvor e congratulações pelos serviços prestados por Ronald, que na época estava no 22º BPM (Maré). Fórum terá um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Cumprindo prisão preventiva e pressionado por ser réu em um júri popular marcado para abril - no qual responderá pelo assassinato de quatro jovens na saída da antiga casa noturna Via Show -, Ronald, de acordo com os promotores, pode receber o benefício da delação premiada. Ronald, segundo investigadores, seria o número dois da milícia de Rio das Pedras, que atua na zona Oeste do Rio, e também faz parte do chamado Escritório do Crime - um grupo de matadores profissionais suspeito de envolvimento em várias execuções. O “número um” da organização, Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), conseguiu escapar da operação. A mãe e a mulher do ex-capitão do Bope, que está foragido, eram empregadas do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) até o novembro do ano passado. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais