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Em tuíte nesta quarta-feira (16), em que cita reportagem da Fórum, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) afirma que a jornalista Patrícia Lélis mente ao sugerir que ele e os irmãos usavam maconha. Segundo o deputado, "a intenção é tentar manchar diariamente a nossa reputação".
No texto, Eduardo ainda nega que tenha namorado Patrícia. "Essa profissional aí todos já sabem q nunca namorei/beijei/convidei p sair, sei o meu nível", publicou.
O namoro de Eduardo e Patrícia foi revelado em mensagem publicada no dia 11 de julho no perfil pessoal do Facebook do deputado, que se referiu a uma “ex-namorada” sem revelar o nome.
Patrícia, então, respondeu à postagem. “Foram 3 anos e 8 meses em um relacionamento abusivo. Eu estou percebendo que tudo na vida evolui, menos você”, escreveu a jornalista. Ela conclui o post pedindo a ele que pare de telefonar e dizer que está com saudades.
Irritado com a repercussão do episódio, Eduardo Bolsonaro gravou um vídeo para dizer que jamais teve qualquer relacionamento com a jovem.
No entanto, a jornalista levou à Delegacia da Mulher mensagens trocadas pelo Telegram com Eduardo, em que ele faz ameaças a ela.
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“Procurei a polícia, mostrei as mensagens de ameaça que partiram do celular pessoal do Deputado Eduardo Bolsonaro, e registrei o boletim e ocorrência na Delegacia da Mulher. Como é de se esperar, logicamente o deputado vai negar, vai tentar me desmoralizar, pessoas vão vim aqui e vão tentar me ofender com palavras de baixo calão e afins, mas já deixo claro a essas pessoas que eu não vou me calar”, publicou Patrícia, na época, no Instagram.
O caso resultou em um processo movido pela Procuradoria Geral da República contra o deputado, em que é citado o boletim de ocorrência. "Ocorre que dia 14 de julho do corrente ano, terça-feira, o ofensor fez uma postagem na rede social Faceb00k, dizendo que estava namorando com a ofendida", diz o boletim de ocorrência, transcrito na ação.
A peça - leia a íntegra no site do MPF -, assinada pela procuradora Raquel Dodge, ainda anexa print das mensagens enviadas por Eduardo a Patrícia pelo Telegram.
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"Relevante destacar que o denunciado teve a preocupação em não deixar rastro das ameaças dirigidas à vítima alterando a configuração padrão do aplicativo Telegram para que as mensagens fossem automaticamente destruídas após 5 (cinco) segundos depois de enviadas. Não fossem os prints extraídos pela vítima, não haveria rastros da materialidade do crime de ameaça por ele praticado. A conduta ainda é especialmente valorada em razão de o acusado atribuir ofensas pessoais à vítima no intuito de desmoralizá-la, desqualificá-la e intimidá-la ("otária", "abusada", "vai para o inferno", "puta" e "vagabunda")", diz o processo, que pede a reparação por danos morais à jornalista.
A Fórum entrou em contato com Eduardo Bolsonaro, que não respondeu até o momento. O espaço está aberto para manifestação dele.
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