Campanha #EleNão pode estar salvando vidas, diz Isa Penna

De acordo com Isa Penna (PSOL), candidata à deputada estadual por São Paulo, a união é pela vida das mulheres e a campanha pode ser um muro para um projeto violento para o Brasil.

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No dia 29 de setembro espera-se uma grande mobilização de mulheres pelo Brasil contra a eleição do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Essa reação nas ruas veio da hashtag #EleNão, que começou a circular nas redes sociais e mobilizou artistas, pensadoras e políticas. Até o dia do ato, a Fórum irá entrevistar mulheres que aderiram à campanha. De acordo com Isa Penna (PSOL), candidata à deputada estadual por São Paulo, a união é pela vida das mulheres e a campanha pode ser um muro para um projeto violento para o Brasil. “A campanha pode estar salvando muitas vidas em um período muito curto”, afirma. Isa, que se diz uma defensora “intransigente” da democracia, considera que a eleição de Bolsonaro seria uma afronta à liberdade. “O general Mourão [vice de Bolsonaro] falou que vai montar uma constituinte sem participação popular”, lembra a candidata.  "É importante que as candidatas se posicionem", alertou. Segundo ela,  as pessoas que estão na campanha #EleNão devem refletir sobre sua postura e confrontar aqueles que afirmam que irão votar em Bolsonaro. Para ela, o diálogo é importante para fazer com que eleitores de Bolsonaro mudem de opinião. “A gente está em um ponto de uma polarização tão forte, mas ao mesmo tempo tão despolitizada. É preciso se desarmar, dar a cara a tapa, fazer um exercício profundo do diálogo”, pondera a candidata que diz ser importante questionar um eleitor do Bolsonaro sobre qual seria o limite de projeto do candidato na ideia delas. Para ela, é preciso explicar que depois que se instala um ciclo autoritário, fica muito mais difícil de mudar a realidade da política. Assim, deixando claro que, se a gestão dele “não der certo”, pode ser que não seja tão fácil tirá-lo do poder depois de quatro anos. “Ciclos autoritários vão centralizando cada vez mais o poder”, lembra. Segundo a candidata, é preciso que todas as mulheres compareçam no ato do dia 29, do qual ela faz parte da organização, para que o recado seja dado. “Quando falamos que ele não, queremos dizer que elas sim. A vida delas sim. A gente tá querendo reafirmar que a vida das mulheres é importante e que para ter vida, as mulheres precisam também ter voz”, finaliza.

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