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O recém-lançado serviço de checagem da Globo, o Fato ou Fake, fez uma análise da entrevista de Jair Bolsonaro (PSL) concedida à GloboNews na noite desta sexta-feira (3). Não entrou na checagem, no entanto, o ponto que mais repercutiu da sabatina: o apoio da empresa à ditadura militar.
Bolsonaro usou Roberto Marinho, proprietário do Grupo Globo de 1925 a 2003, para defender a ditadura na GloboNews. Ele recitou de cor um editorial de O Globo assinado por Roberto Marinho, que segundo o militar foi um grande democrata. Neste editorial, Marinho defendia o legado da "revolução que tirou o Brasil de uma ditadura comunista".
Por conta da provocação de Bolsonaro, o canal de TV paga teve que esticar o programa. Por alguns minutos, ficou um constrangimento e os jornalistas e entrevistado continuaram ao vivo, até que Miriam Leitão começou a repetir uma nota que estava sendo ditada no ponto eletrônico.
A checagem da Globo se concentrou em alguns dos absurdos ditos pelo candidato, como a frase de que ele não é homofóbico e que “o Brasil tem mais da metade do seu território demarcado, entre terra indígena, parque nacional, quilombola, proteção ambiental, etc, um monte de coisa”.
Fact-checking
A Globo entrou na onda do frisson das agências de fact-checking e, assim como outras grandes empresas de mídia brasileira, lançou o seu próprio serviço. Segundo o grupo, a equipe de jornalistas que participa da iniciativa busca "identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp".
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