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Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência, passou mais da metade do tempo da entrevista do Jornal Nacional, na noite desta quarta-feira (29), tentando se esquivar das perguntas sobre denúncias de corrupção contra pessoas de seu partido que o apoiam e que ele já apoiou e também de políticos dos partidos que compõem sua coligação.
A chapa do tucano é formada pelos partidos do chamado "centrão", que na verdade representam a direita e a centro-direita brasileira. A primeira pergunta foi exatamente sobre a corrupção notadamente presente entre os políticos dessas legendas que apoiam Alckmin.
"É importante dizer que todos os partidos tem bons quadros. Tenho a mais respeitada senadora como vice, do Progressistas, a Ana Amélia", ia dizendo o ex-governador quando foi interrompido por Bonner. "Mas e os investigados?", indagou o apresentador.
"Mas os partidos têm bons quadros. Quem for investigado vai responder por isso", tergiversou Alckmin, que teria sido identificado como "Santo" em uma das famosas listas da Odebrecht.
Renata Vasconcellos, então, lembrou que o PSDB, partido de Alckmin, apoia o PTC de Fernando Collor em Alagoas. Collor é réu da Lava Jato. Alckmin negou que apoie ou seja apoiado por Collor, mas foi desmentido por Renata momentos depois.
Quando a pergunta foi sobre seus correligionários Aécio Neves e Eduardo Azeredo - este condenado e aquele investigado por corrupção -, o candidato minimizou. "O Aécio não foi condenado. Ele está sendo investigado e vai responder na Justiça. O Azeredo está afastado da política há muito tempo". A apresentadora ainda lembrou a Alckmin que ele mesmo já chegou a proferir, em entrevista, o ditado "diga-me com quem andas que direi quem és".