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O Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo está suspendendo a contratação de obras e serviços da Prefeitura em um ritmo maior do que no passado. Só em 2018, o órgão já paralisou o andamento de 164 licitações lançadas pelo prefeito Bruno Covas e seu antecessor, João Doria, ambos do PSDB. Segundo dados repassados pelo TCM, o total de paralisações no primeiro semestre deste ano (104) é 20% maior do que o no mesmo período de 2017 (88).
Há uma semana, o órgão impediu a Prefeitura de concluir a licitação da concessão do Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital – promessa de campanha de Doria, que deixou o cargo em abril para concorrer ao governo do Estado. Outra licitação paralisada foi a renovação da frota de 14 mil ônibus municipais, estimada em R$ 140 bilhões.
Em 2017, Doria defendeu a extinção do TCM, posição não adotada por Covas. Levantamento do órgão revela que as suspensões não são apenas dos contratos relacionados a promessas de campanhas políticas ou de planos de governo.
Já em 2018, o órgão que mais teve processos contestados por auditores e conselheiros foi a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com 20 paralisações. Em segundo lugar, aparece a Secretaria de Cultura, com 12.
A presença de vereadores nas sessões do TCM são frequentes. No caso do Pacaembu, por exemplo, Celso Jatene (PR), que havia feito representação contra o prosseguimento do processo, esteve no dia da sessão que suspendeu o processo.