Castanho disse à Polícia Federal (PF) que na negociação para explorar a área do Aeroporto de Brasília com publicidade, em 2014, pagou R$ 1 milhão a uma empresa do coronel João Batista Lima Filho, ex-assessor e amigo de Temer há mais de 30 anos. O empresário revelou que fez uma parceria com o empresário Rodrigo Castro Neves, porque ele era próximo de José Antunes Sobrinho, na época presidente da Inframerica - responsável pelo aeroporto.
Ele contou que “quando tudo já estava acertado, em setembro de 2014”, Rodrigo Neves comunicou que havia uma mudança no pagamento. Disse, ainda, que R$ 1 milhão deveria ser pago para a Argeplan, de acordo com orientação do próprio presidente da Inframerica. O coronel João Lima Batista é um dos sócios da Argeplan.
A Polícia Federal apura, agora, se o valor de um R$ 1 milhão foi repassado pelo Coronel Lima ao presidente Michel Temer. Lima é um dos investigados no inquérito dos portos, e chegou a ser preso em março deste ano. A PF suspeita que ele seja um operador de propina de Temer.