Vereadora do PSOL de Niterói diz que foi impedida de panfletar em local público da cidade

Talíria Petrone postou denúncia em suas redes sociais que ela e o seu grupo foram “seguidos e constrangidos a todo momento por seguranças privados dos bares do local, que é público”

Talíria Petrone. Foto: Facebook
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A vereadora de Niterói, Talíria Petrone (PSOL), postou denúncia em suas redes sociais de que foi impedida de panfletar em polo gastronômico da cidade na noite desta quarta-feira (22). O local, segundo ela, é um conjunto de bares localizados na rua Leandro Mota. Conforme o seu relato, além de impedidos, ela e o seu grupo foram “seguidos e constrangidos a todo momento por seguranças privados dos bares do local, que é público. Segundo eles, cumpriam ordem do ‘presidente do polo gastronômico’”. A vereadora avisa que vai “oficiar a prefeitura cobrando explicações, fiscalização e medidas pra garantir o acesso à rua. Oficiar o Ministério Público Estadual (MPE) relatando o incidente e pedindo fiscalização e investigação da conduta da empresa de segurança e dos bares". Talíria Petrone foi a candidata mais votada em Niterói nas eleições de 2016, com 5.121 votos. Na semana passada, durante panfletagem na barca que faz a travessia entre o Rio de Janeiro e Niterói, ela foi abordada por um policial militar que chegou a sacar a arma para tentar impedir a ação. O PM apreendeu os documentos de Talíria e danificou o seu material de campanha. Todos os envolvidos fizeram registro de ocorrência na 4ªDP (Central do Brasil). O PM foi autuado por abuso de poder e apreensão irregular de documentos. Leia abaixo a íntegra da mensagem de Talíria Petrone: SOBRE O ABSURDO DE TER SIDO IMPEDIDA DE PANFLETAR EM RUA DE NITERÓI! Por volta das 21h, terminando um dia lindo de campanha, eu e alguns militantes fomos IMPEDIDOS de panfletar na Rua Leandro Mota, justamente na cidade em que sou VEREADORA! A rua comporta um polo gastronômico, um conjunto de bares, e embora fechada para veículos é, obviamente, pública. Os seguranças pararam na nossa frente e impediram que seguíssemos com a panfletagem. Fomos para outros bares em outra rua, cansados demais para seguir naquela conversa absurda, mas voltamos um tempo depois ao local para comer algo. Fomos seguidos e constrangidos a todo momento por seguranças privados dos bares do local, que é público. Segundo eles, cumpriam ordem do “presidente do polo gastronômico”. O tal presidente vai ter que aprender que a rua não é propriedade dele. A rua é do povo. Manifesto aqui mais essa indignação. Dois episódios graves, absurdos, em uma semana de campanha. Informei aos seguranças que, como vereadora da cidade, irei representar contra a ilegalidade que significa esse cerceamento à democracia. Aviso que amanhã vou oficiar prefeitura cobrando explicações, fiscalização e medidas pra garantir o acesso à rua. Oficiar o MPE relatando o incidente e pedindo fiscalização e investigação da conduta da empresa de segurança e dos bares. Todos serão cobrados para que se posicionem diante de tanta arbitrariedade e impedimento do exercício democrático. Se acham que vão nos parar, afirmamos com convicção que vão cansar de tanto tentar. Cada vez avançaremos mais com nossa luta e nossos sonhos. Nossa campanha vai seguir linda e forte em TODOS os lugares desse estado. Inclusive na rua Leandro Mota. Vamos panfletar lá essa semana, minha gente?   Ajude a financiar a cobertura da Fórum nas eleições 2018. Clique aqui e saiba mais.