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Por RBA
"Dentro do cárcere também se combate, mantendo-se de pé, com dignidade e continuando a luta. O Lula está dando exemplo para nós todos." A avaliação é do ex-ministro José Dirceu, presente à Marcha Lula Livre desde o início da caminhada, no início da tarde desta quarta-feira (15), que vai culminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o ato de registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Segundo Dirceu, Lula segue no comando. "Está firme, sereno, tranquilo e está no comando. Está articulando, nos orientando e combatendo", disse ele à reportagem.
O ex-ministro, também ele alvo de perseguição judicial e de encarceramentos desde a crise do chamado "mensalão" e continuados com a Lava Jato, mencionou a atitude de manter-se "firme" ao lado do que acredita – "o lado certo da história" – em referência ao ambiente de pressões por meio da qual operadores da Justiça tentam extrair depoimentos e delações que convenham à estratégia dos acusadores.
"Não me arrependo em nenhum momento de ter ficado firme, porque isso aqui mostra que nós temos do nosso lado o povo trabalhador", enfatizou. "A coragem de estar aqui quem me dá é o apoio e a solidariedade da militância e a certeza de que estamos do lado certo da história, o lado do povo."
Muito assediado e procurado por participantes da marcha, Dirceu afirmou tratar-se um momento de extrema felicidade, por coroar uma relação de muitos anos de militância em um momento histórico para o país. E fez questão de elogiar o protagonismo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na manifestação.
"Marchamos pela liberdade do presidente Lula, que a gente vai conquistar. É só o começo. E fico muito orgulhoso da importância dos sem-terra nesse movimento, mostrando a força da maioria que temos no país para eleger o Lula. Por isso querem bani-lo da vida política. Mas nós vamos lutar, libertá-lo e elegê-lo presidente", afirmou.
Dirceu defendeu a escolha de Fernando Haddad como vice de Lula na chapa e também a estratégia que inclui a presença da deputada gaúcha Manuela D'Ávila na chapa, como possível vice de Lula ou de Haddad. Mas observa que tudo terá seu tempo.
"Temos que lutar para registrar o Lula e torná-lo candidato. No caso de não acontecer, nós já temos a indicação do Fernando Haddad, que vai assumir essa bandeira. Mas agora é hora do registro do Lula", ressalta, sugerindo que o ex-prefeito de São Paulo, como vice, percorra o Brasil junto com a Manuela e com todos as demais força partidárias e sociais apoiam o Lula.
"A Manuela, além de ser uma mulher, parlamentar, mãe, representa também o acúmulo histórico do PCdoB. E essa aliança cria base para uma aliança mais ampla, além do PCdoB, com PSB, Psol e outros para o segundo turno", acredita.