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A coluna 'Radar' da edição da revista Veja deste final de semana informa, sem maiores detalhes, que o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Gebran Neto teria dito a amigos que ignorou a lei para manter o ex-presidente Lula preso.
No dia 8 de julho, o desembargador Rogério Favreto, que estava no plantão do tribunal, emitiu uma ordem judicial determinando a soltura de Lula. Gebran, pouco tempo depois, emitiu um despacho revogando a decisão de Favreto.
De acordo com a coluna, Gebran teria admitido a amigos que ignorou a lei, já que não poderia atropelar a decisão de outro desembargador, para evitar o que considera “um erro ainda mais danoso” - que seria a liberdade do petista.
Após a informação vir à público, o PT divulgou um artigo em seu site oficial em que destaca as supostas arbitrariedades do desembargador. "Chama atenção o descaramento em admitir que vale tudo para manter Lula preso, calado, lutando pelo seu direitos mais fundamentais. Se não cabia a Moro questionar decisão da segunda instância, tampouco Gebran poderia furar o comando do juiz que estava de plantão naquele dia".
Os mandos e desmandos da judiciário observados neste episódio motivaram o ministro João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, a intimar os desembargadores Rogério Favreto, Gebran Neto, além do juiz Sergio Moro, a prestarem esclarecimentos a respeito da verdadeira “guerra jurídica” sobre o habeas corpus do ex-presidente Lula.