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O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu do cargo o Ministro do Trabalho, Helton Yomura, por conta de ação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (5), que apura supostas fraudes em registros sindicais. Além da suspensão, Yomura também não pode frequentar o Ministério do Trabalho nem manter contato com servidores da pasta ou demais investigados.
A ação desta quinta é um desdobramento da Operação Registro Espúrio, da PF, que também cumpre nesta manhã mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP). Marquezelli também foi proibido de frequentar o ministério e de manter contato com outros investigados e servidores da pasta, exceto quando for imprescindível ao exercício do mandato de deputado.
Além de Yomura e Marquezelli, também é investigado o chefe de gabinete de Yomura, Júlio de Souza Bernardes, que teve mandado de prisão temporária expedido. A PF apontou que Yomura é um "testa de ferro" de caciques do PTB, partido que indica ministros do Trabalho no governo Michel Temer.
Registro Espúrio
A operação Registro Espúrio mira organização criminosa integrada por políticos e servidores que teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho.
Ao todo, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília e Rio de Janeiro.
Segundo a PF, as investigações e o material coletado nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio indicam que a teia criminosa se espalha e que “importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”.
Na segunda etapa da operação, a PF fez buscas no apartamento da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson. Os dois são padrinhos políticos de Yomura.
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