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O Brasil recebeu US$ 29,9 bilhões em investimento produtivo de outros países no primeiro semestre de 2018. Divulgada na quinta-feira (26) pelo Banco Central, a cifra é a menor para um primeiro semestre desde 2010, quando US$ 27 bilhões entraram no País de janeiro a junho. Em junho, o Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 6,5 bilhões, maior que o de junho de 2017, de US$ 4 bilhões. No entanto, os US$ 29,9 bilhões de IDP acumulados do semestre ficaram 17,4% abaixo dos US$ 36,2 bilhões na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o IDP se reduziu no primeiro semestre, mas segue robusto para financiar o déficit em conta corrente. Segundo Rocha, a redução pode estar ligada à falta de investimentos de maior vulto. A primeira operação de IDP superior a US$ 1 bilhão ocorreu apenas em junho. Operações menores geralmente são ligadas à expansão de empresas estabelecidas no País.
De acordo com o BC, em junho, o País registrou superávit em conta corrente de US$ 435 milhões. O saldo de transações do Brasil com o exterior nas áreas comercial (exportações menos importações), de serviços e rendas, foi positivo pelo quarto mês consecutivo. No semestre, o superávit foi de US$ 5,5 bilhões, abaixo dos US$ 7 bilhões de junho de 2017. Com a greve dos caminheiros, o País exportou menos, sugere o BC.
O avanço do dólar ante o real fez os brasileiros viajarem menos ao exterior. Dados do BC mostraram que a conta de viagens teve déficit de US$ 1,1 bilhão em junho. O montante é 2,12% menor que o visto em junho de 2017. Em maio, ele havia ficado em US$ 1,2 bilhão. As despesas dos brasileiros em outros países somaram US$ 1,5 bilhão, abaixo dos US$ 1,6 bilhão de maio. No primeiro semestre, as despesas líquidas com viagens somaram US$ 6,3 bilhões, acima dos US$ 5,7 bilhões do ano passado.
Com informações do Estadão