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Aílton Benedito de Souza, procurador do MPF-GO que emitiu um despacho nesta quarta-feira (25) em que cobra, em caráter de urgência, explicações e detalhes do Facebook sobre a retirada de 196 páginas do e 87 perfis do MBL da rede social. tem histórico de atuação antiesquerdista nas redes sociais desde 2014.
Na ocasião, Souza ganhou os holofotes ao intimar o Itamaraty a levantar a identidade de supostos jovens sequestrados e investigar uma possível rede de tráfico humano na Venezuela. O governo do país vizinho teria convocado 26 jovens do Brasil para compor a Brigada Popular de Comunicação. Acontece que o Brasil em questão era apenas um bairro do município de Cumaná, na Venezuela.
Também naquele ano, o procurador pediu a suspensão da campanha publicitária da Copa do Mundo. Para ele, a expressão “todos ganham”, utilizada na campanha, atingia “o inconsciente coletivo, de forma subliminar”. Além disso, para ele, o mote da campanha “não condizia com a realidade”.
Já em 2017, Souza entraria em outra polêmica, ao tuitar, em agosto passado que o nazismo seria um regime de esquerda. O argumento utilizado por ele era o fato de haver a palavra “socialista” em “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”. No mesmo dia, ao responder quem rebateu sua postagem, escreveu que “a praga SOCIALISTA alastra-se pelo Brasil”. “Mais algumas gerações, e o homo sapiens tupiniquim saboreará cadáveres no desjejum”.
O combate à 'ideologia de gênero' é um dos assuntos favoritos de Souza. Em junho de 2017, ele mandou investigar banheiros supostamente unissex da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG). Também determinou a proibição de atos políticos na UFG contra ou a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Defensor do Projeto Escola Sem Partido, em 2016, Souza pediu apuração do MPF para saber se a universidade goiana estaria sendo utilizada para promoção de manifestações político-partidárias. No entanto, na audiência pública sobre o tema, convocou apenas duas organizações da sociedade civil: o Movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre, ambas de direita.
Pelo Twitter, faz críticas constantes ao que chama de “esquerdopatas”, publica contra aqueles a quem chama de “bandidólatras” e afirma que sindicatos promovem atrasos no País. Em entrevista à revista Piauí disse que expressa seus posicionamentos como cidadão, não como procurador. Ainda assim, faz questão de exibir o cargo que ocupa em sua biografia na rede social de microposts.