O ex-senador Luiz Estevão foi transferido para a ala de segurança máxima da Papuda por ser suspeito de ter doado um imóvel para um dos agentes da Penitenciária em troca de privilégios. A informação é da juíza Leila Cury que indiciou o empresário por corrupção passiva.
O assunto chegou diretamente às mãos dela como denúncia anônima no fim de 2016, segundo a juíza da Vara de Execuções Penais (VEP).
A juíza Leila Cury diz que o Ministério Público ainda não denunciou Luiz Estevão à Justiça nem qualquer agente do sistema prisional dois anos depois do caso pela dificuldade de conseguir provas.
“É que o crime de corrupção dificilmente deixa rastros óbvios, por se tratar de delito cujos atos correspondentes se mantêm nas sombras. Na verdade, segundo especialistas, encontrar provas diretas, especialmente quando há empresários poderosos envolvidos, é um ‘desafio global’ e não é por outro motivo que o lapso temporal mais extenso se faz necessário para angariar provas aptas a sustentar o oferecimento de eventual peça acusatória”, disse.
“A caracterização de privilégio alcançado através de corrupção envolvendo empresário poderoso definitivamente não é fácil e requer prudência”, diz a decisão.
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