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Um documento em meio ao inquérito dos portos, que apura possível envolvimento de Michel Temer em corrupção, aponta que supostos pagamentos ilícitos na década de 90 por parte de empresas do setor portuário passaram, inicialmente, pela Argeplan, empresa do coronel aposentado da Polícia Militar João Batista de Lima Filho, amigo do emedebista, que também está sendo investigado. A informação está no blog de Andréia Sadi, no G1.
O inquérito apura se Temer editou, em troca de propina, um decreto com o intuito de favorecer empresas do setor portuário, entre elas a Rodrimar e o grupo Libra. As duas têm terminais no porto de Santos, o maior do país. O governo diz que o decreto não foi editado com esse objetivo, e Temer nega ter recebido vantagem indevida.
O documento, segundo a Polícia Federal (PF), é um complemento de outra planilha que integrava o inquérito 3105, sobre irregularidades no porto de Santos, que foi arquivado em 2011 pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa tabela relacionava pagamentos a “MT”, que seria Michel Temer, a “MA”, que seria Marcelo Azeredo, indicado por Temer para comandar a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – estatal que administra o Porto de Santos, e a “L”, que seria o coronel Lima. De acordo com a PF, o documento intitulado “Posição de Negócios” que também estava no inquérito 3105, trata do terminal 34/35 com participação do grupo Libra no porto, e destaca “contratos exclusivos” da Argeplan.
Para a PF, os dados indicam que os pagamentos apontados nas planilhas com as iniciais foram feitos por meio da Argeplan.