Escrito en
POLÍTICA
el
Diversos juristas de renome nacional gravaram vídeo comentando o processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex a 12 anos e um mês. De acordo com opinião unânime, o processo contra Lula é uma farsa jurídica onde a justiça passou longe e serviu, sobretudo, para tirá-lo do processo eleitoral.
Para o professor de Direto Penal da USP, Alamiro Velludo Netto, “a sentença era anunciada antes do seu próprio início. Qual era a justificativa para que se fizesse aquela condução coercitiva originalmente, de uma maneira espetaculosa, e de maneira inclusive ao desamparo da legislação”, pergunta o jurista.
Já para o ex-governador de São Paulo, advogado e professor, Cláudio Lembo, “o processo começou com um equívoco muito grande, que foi a condução coercitiva do ex-presidente Lula. Foi um ato absolutamente desnecessário”, disse.
Para José Francisco Siqueira Neto, diretor do curso de Direito do Mackenzie, Lula foi condenado “por uma condução processual inequivocamente imparcial. Nem o mais comprometido anti-Lula é capaz de negar esse tipo de parcialidade”, disse.
Para Marcelo Nobre, jurista e ex-membro do CNJ, “no processo contra o presidente Lula nós vimos algumas situações anti-jurídicas”, revela.
Já Martonio Mont’Alverne, Professor da Universidade de Fortaleza e Procurador de Fortaleza, diz que o processo contra Lula é injusto e sem provas, “onde foi atribuído um bem imóvel ao ex-presidente Lula que ele nunca teve a posse, nem muito menos a propriedade. Onde ele foi condenado por um ato indeterminado, o que por si só configura motivo suficiente de nulidade e de qualquer invalidade da sentença”, ressalta.
Já para Weida Zancaner, professora de Direito da PUC-SP, Lula foi condenado absolutamente sem provas. “Não existe nenhuma prova que ele seja detentor da propriedade ou da posse do tríplex”.
Celso Antônio Bandeira de Mello, Jurista, advogado e professor da PUC-SP, também concorda e diz que “ele foi condenado sem prova, o que é uma coisa que não é a primeira vez na história que acontece. O judiciário não e tão imparcial quanto nós gostaríamos que fosse. Infelizmente ele tem o seu lado político também”.
Já para Eugênio Aragão, jurista e ex-ministro da Justiça, “o juiz no momento em que ele resolve ser parte da acusação, dando declarações públicas, como se acusador fosse, ele perde a sua imparcialidade”, disse.