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O empresário J. Hawilla morreu nesta sexta-feira, em São Paulo, aos 74 anos. Ele estava internado desde a última segunda-feira (21), no Hospital Sirio-Libanês, com problemas respiratórios. O empresário sofria com problemas pulmonares e teve câncer na garganta.
Hawilla foi delator do escândalo da compra de direitos de transmissões esportivas, que culminou com a prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin. A investigação revelou casos de corrupção na Fifa durante 20 anos. O empresário fechou um contrato de delação com a Justiça americana em que se comprometeu a devolver US$ 151 milhões. Ele pagou multa e ficou nos Estados Unidos desde 2013, até voltar ao Brasil neste ano.
O empresário colaborou desde 2013 com o FBI na na investigação sobre o esquema de pagamento de propina na Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Ele confirmou ter pago propina para o paraguaio Nicolas Lez, ex-presidente da Conmebol, o argentino Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol Argentino, morto em 2014 e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.
Sócio do filho de João Roberto Marinho
De acordo com informações de Helena Sthephanowitz, em artigo publicado na Rede Brasil Atual, em 2015, J. Hawilla foi sócio de Paulo Daudt Marinho, filho e herdeiro de João Roberto Marinho, na TV TEM de São José do Rio Preto (SP). João Roberto Marinho é um dos três filhos de Roberto Marinho que herdou o império da Rede Globo. O próprio João Roberto é sócio de dois filhos de J. Hawilla (Stefano e Renata) na TV TEM de Sorocaba (SP). Aliás a avenida em São José do Rio Preto onde fica a TV TEM ganhou o nome de Avenida Jornalista Roberto Marinho.
Vida e carreira
Hawilla era jornalista, foi repórter esportivo e se tornou proprietário de um conglomerado de empresas de comunicação, que incluem a TV TEM, emissora que engloba quatro retransmissoras da Rede Globo, no interior de São Paulo e a rede de jornais Bom Dia, com presença em várias regiões do Estado.
Ele também era o dono da empresa de marketing esportivo Traffic Assessoria de Comunicação, que explorou direitos de comercialização de torneios como a Libertadores, Copa América e a Copa do Brasil.
Com informações da Folha, G1, ESPN e Rede Brasil Atual