Doleiros presos revelam esquema de corrupção na República de Curitiba e corroboram denúncia de Tacla Duran

Em delação premiada, Vinícius Claret e Cláudio de Souza afirmaram que pagavam US$ 50 mil mensais ao advogado Antonio Figueiredo Basto em troca de proteção, confirmando depoimento de Tacla Duran

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) realiza reunião para apreciação do parecer da representação contra Delcídio do Amaral. Em pronunciamento, advogado Antônio Augusto Figueiredo Bastos. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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[caption id="attachment_133698" align="alignnone" width="840"] Figueiredo Basto foi o responsável por negociações e acordos de delação de Lúcio Funaro, Renato Duque, Ricardo Pessoa, entre outros - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado[/caption] Acusados de compor um esquema capitaneado pelo chamado “doleiro dos doleiros”, Dario Messer, dois outros doleiros - Vinícius Claret, conhecido como “Juca Bala”, e Cláudio de Souza – revelaram, em delação premiada ao Ministério Público Federal, que entre 2006 e 2013 foi montado um esquema de corrupção em Curitiba. Segundo Ricardo Galhardo, do Estado de S.Paulo, ambos garantiram que pagavam uma taxa mensal de proteção, no valor de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil), ao advogado Antonio Figueiredo Basto e um colega, cujo nome não foi divulgado, para não serem presos. O advogado, por conta da propina, defendia os doleiros no Ministério Público e na Polícia Federal. As informações corroboram depoimentos do advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato, que está na Espanha. Figueiredo Basto é considerado um dos principais especialistas do Brasil em colaborações premiadas. Na Lava Jato, foi o responsável por negociações e acordos de delação de Lúcio Funaro, Renato Duque, Ricardo Pessoa, entre outros. Em 2004, intermediou o primeiro acordo nesse formato no país no caso do Banestado, em nome do doleiro Alberto Youssef.