Dois anos de Temer, o presidente mais detestado da Nova República

Corrupção, desemprego, rombo fiscal, queima do patrimônio nacional, perda de direitos: dois anos de desesperança

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Dois anos depois de tomar o poder da presidenta legitimamente eleita Dilma Roussef através de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, o então vice-presidente Michel Temer chega, neste sábado (12), ao título de presidente mais rejeitado da história do Brasil. Compilação das mais de 200 pesquisas de avaliação de governo feitas pelo Datafolha nas últimas três décadas mostra que a média do atual presidente da República nesses 24 meses é pior até mesmo do que a dos antecessores que sofreram impeachment, Dilma Rousseff e Fernando Collor. "Dilma teve 136 no 1º mandato e 33 no segundo. Luiz Inácio Lula da Silva atingiu os melhores resultados em suas duas gestões: 139 na primeira e 183 na segunda. Fernando Henrique Cardoso teve avaliação média positiva no seu primeiro mandato (134) e negativa no segundo (81). Itamar Franco obteve 105 e Collor, 78", informa a pesquisa. Em dois anos, Temer destruiu direitos trabalhistas, produziu desemprego recorde e o maior rombo fiscal da história do Brasil, se viu envolvido nos maiores escândalos de corrupção já vistos no País e, de quebra, entregou de bandeja riquezas nacionais – com tudo isso, fez que o Brasil, antes respeitado, se tornasse um pária internacional. Temer foi pego ainda em gravação suspeita com o empresário Joesley Batista na calada da noite no Palácio do Jaburu, em encontro fora da agenda presidencial. Políticos do núcleo duro do seu governo ou estão presos, como Geddel Vieira Lima – pilhado com R$ 51 milhões em espécie em um apartamento em Salvador – ou são acusados, como o ministro da Casa Civil do seu governo, Eliseu Padilha que, de acordo com delatores da Odebrecht, pediu, recebeu e gerenciou propinas e caixa dois durante os últimos três governos federais. Com informações da Folha e do Brasil 247