Professoras traçam paralelo entre o momento atual e a ditadura militar

“Esse país precisa acreditar que é possível respeitar a Constituição, é possível educar a população. Sou professora, por isso luto e luto sempre”, disse Elizabeth Fantato

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[caption id="attachment_129921" align="alignnone" width="780"] Foto: Adonis Bernardes/SMABC[/caption] A professora Elizabeth Fantato, presente no ato em solidariedade ao ex-presidente Lula, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, afirmou que, apesar dos 72 anos, se sente forte para continuar lutando pela democracia. “Esse país precisa acreditar que é possível respeitar a Constituição, é possível educar a população. Sou professora, por isso luto e luto sempre”. Em entrevista ao repórter Ivan Longo, da Fórum, ela traça um paralelo entre o atual momento e a ditadura militar de 1964. “É igual. Eu estava fazendo uma pesquisa outro dia e fiquei estarrecida pela repetição dos erros, das mesmas desculpas, dos mesmos slogans da grande imprensa. Ninguém aprendeu nada. Isso é muito triste. Por isso, tenho de lutar ainda”. Apesar de tudo isso, Elizabeth tem esperança. “Eu moro em um bairro de classe média, no Centro de São Paulo, e ontem eu constatei que não houve uma panela batendo. Por isso, quero acreditar que o povo está começando a pensar”. Outra professora, Iolanda, ressaltou que, infelizmente, ela ainda precisa ir às ruas para protestar. “Sou professora de História. Nós temos mais de 70 anos e estamos aqui. Acreditava que esse país ia melhorar, mas não melhorou. Esse golpe é muito semelhante ao de 1964. O de 64 começou em 1961 e este começou quando o Lula foi eleito. Não iam permitir que se mudasse alguma coisa nesse país. É muito triste”, completa.