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[caption id="attachment_130192" align="alignnone" width="860"] Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado[/caption]
Da Agência Senado
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (11) a realização de diligência à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para verificar as condições de prisão do ex-presidente Lula. O requerimento aprovado foi da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A previsão é de que a comitiva vá a Curitiba já na próxima semana.
Vanessa explicou que, na terça-feira, a Justiça negou o pedido de visita ao ex-presidente Lula feito por nove governadores, três senadores (Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Roberto Requião), alguns deputados e dirigentes partidários. O ex-presidente estaria autorizado a receber apenas a família e os advogados.
“A Lei de Execução Penal é claríssima. Ela fala que visitas são permitidas a parentes, companheira, esposa e amigos. Então, não há base legal [para a proibição]. Esse fato ocorrido é muito grave para qualquer pessoa, mas ainda mais grave por tratar de quem se trata, o ex-presidente Lula. Mostra que é uma prisão política”, argumentou.
O senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou ser muito importante que a CDH faça a diligência e acrescentou que é preciso ainda ir ao corregedor do Conselho Nacional de Justiça denunciar que o ex-presidente Lula está no isolamento.
“Que tratamento diferente é esse que ele está recebendo, numa cela isolada, e que seus familiares nem ninguém podem chegar perto dele?”, questionou, afirmando que o ex-presidente está incomunicável.
Na avaliação do senador Telmário Mota (PTB-RR), a situação do ex-presidente Lula é como uma tortura. “Agora se adota um processo psicológico de isolamento absoluto para tentar implantar o desespero, a sensação do abandono, de impotência. Tentando lhe arrancar os últimos momentos de fé de esperança. Eu entendo isso como tortura”, afirmou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse acreditar que a Justiça não irá impedir uma visita da Comissão de Direitos Humanos do Senado a um preso.