Mônica afirmou, ainda, que a voz de Marielle não será calada. “Nós ainda assim seguiremos a luta dela juntos porque as nossas famílias existem e a luta não terminou com a morte dela, com a ausência física dela”, afirmou. Emocionada, ela acrescentou que a vereadora virou um “símbolo de esperança”. “A Marielle se transformou numa coisa muito maior. Ela se transformou num símbolo de esperança e é por isso que a gente vai lutar e seguir lutando, porque Marielle é resistência, Marielle é força, Marielle é potência, e o mundo agora está vendo isso”, declarou.
Anielle discursou em seguida e destacou que ninguém esperava a repercussão que a morte da vereadora teve, nem que cometeu o crime. “A gente espera e urge por justiça. Eu acredito que ninguém, ninguém mesmo, esperava essa repercussão toda, nem quem fez esperava”, afirmou.Ela relatou a dor sofrida pelo impacto da morte e afirmou que as manifestações de carinho são o que têm confortado a família. “A gente tem recebido muitas manifestações de carinho e é isso o que está acalentando um pouco a minha mãe”, disse.
Após a sessão solene, Anielle deu um pronunciamento à imprensa em que cobrou também uma resposta para o caso. “Que as autoridades competentes consigam descobrir o por quê disso. Por que calarem ela? Por quê? Quantos mais precisaram morrer para que essa guerra toda acabe?", disse.
Autora do pedido para realização da sessão solene, a deputada Luiz Erundina (PSOL-SP), fez homenagem à vereadora: “Marielle Franco deu sua vida pelos direitos humanos, pela liberdade democrática e igualdade dos seres humanos no país. Marielle vive”, discursou a parlamentar paulista. Erundina afirmou que o objetivo da sessão é “denunciar a não revelação da verdade” de pessoas assassinadas por motivos políticos. “E exigir que se apure e se providencie na Justiça a punição aos culpados”. Segundo ela, são pelo menos 434 mil “desaparecidos políticos” no Brasil revelados pela Comissão Nacional da Verdade.