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De acordo com o Painel, da Folha, delegados da Polícia Federal acharam insatisfatórias as explicações do diretor-geral da corporação, Fernando Segovia, para a entrevista em que opinou sobre a investigação do decreto presidencial que beneficiou operadores de portos. Lembram que esta foi a segunda vez que Segovia apontou fragilidades num inquérito sobre o presidente Michel Temer e pressionam a associação nacional da categoria a pedir em público seu afastamento do cargo se não houver retratação.
Ao assumir a função, em novembro, Segovia disse que a mala de dinheiro entregue por um diretor da JBS ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer, era insuficiente como prova de corrupção.
Dirigentes da associação dos delegados decidiram aguardar a resposta que Segovia dará após o Carnaval ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito no STF. Esperam que o diretor-geral admita que errou e deixe claro que o delegado do caso, Cleyber Lopes, não será perseguido.
Advogados que acompanham as investigações observam que há no episódio uma supervalorização do poder de Segovia para proteger Temer. Quem vai decidir se as provas são suficientes para levar o caso à Justiça é o Ministério Público, não a polícia, lembram.
*Com informações do Painel, da Folha