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O jornal Folha de S.Paulo abriu em manchete de capa, na sua edição desta sexta-feira (7), o caso do policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, citado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), como tendo movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias num período de doze meses.
Queiroz trabalhou até outubro com Flávio e, ao menos por enquanto, será nomeado no gabinete do senador eleito, após a posse. O filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a mulher e as duas filhas de seu ex-assessor e policial militar.
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Curiosamente, o jornal O Estado de S.Paulo, primeiro a divulgar a informação, nesta quinta-feira (6), através da coluna de Fausto Macedo, deu apenas uma pequena chamada em sua capa. Os destaques do Estadão foram a nomeação da ministra Damares Alves e chamada sobre a delação de Palocci.
[caption id="attachment_145704" align="alignnone" width="365"] Foto: Reprodução/Estadão[/caption]
O jornal O Globo não deu uma linha sequer sobre o assunto em sua capa, apesar de tratar do caso internamente.
A matéria da Folha não traz nenhuma novidade sobre o caso, mas detalha que as informações são do Estadão e afirma ainda que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A Folha lembra ainda que o Ministério Público Federal, responsável pela investigação, divulgou nota afirmando que a documentação anexada a essa etapa da Lava Jato, batizada de Furna da Onça, inclui um relatório do Coaf sobre movimentações atípicas de profissionais da Assembleia Legislativa do Rio.
Ainda de acordo com o jornal, a operação A Furna da Onça foi deflagrada há um mês e prendeu sete deputados da Assembleia do Rio, além de expedir novos mandados de prisão a outros três que já estavam detidos. Eles são suspeitos de receber mesada para apoiar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado por corrupção.
Flávio Bolsonaro não estava entre os alvos da operação.
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