Vencedores do 'Brasileiros do Ano' homenageiam Lula em cerimônia; Doria se irrita

O tucano não gostou de ouvir dedicatórias a Lula de dois dos vencedores do prêmio da revista Istoé e, na sua vez de intervir, subiu o tom: "Vou derrotar vocês petistas, esquerdistas, vigaristas"

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A cerimônia de entrega do prêmio Brasileiros do Ano da revista Istoé, na última segunda-feira (3), em São Paulo, teve como protagonista o ex-presidente Lula. Apesar de não ter sido premiado este ano - Lula ganhou o prêmio de brasileiro da década pela mesma revista em 2010 - o petista recebeu elogios e dedicatórias dos premiados, para a ira de João Doria (PSDB), que também ganhou o prêmio e estava presente na celebração que aconteceu em São Paulo. Leia também: Doria “importa” quinto ministro de Michel Temer para seu governo em São Paulo O primeiro a homenagear o ex-presidente foi o escritor Geovani Martins, vencedor da categoria "brasileiro do ano na Cultura". Em sua intervenção, o carioca revelou que um de seus maiores orgulhos é saber que Lula leu na prisão seu livro Sol na Cabeça. "Eu sou muito agradecido pelo governo do Lula, sempre vou ser agradecido e gostaria que esse recado chegasse a ele", disse, arrancando aplausos e gritos de "Lula livre" da plateia. Pouco tempo depois, foi a vez da atriz Jéssica Ellen, que recebeu o prêmio de "brasileira do ano na Televisão". A jovem disse que se não fosse Lula ela talvez não estivesse naquele evento, mas "limpando o chão". "Graças a Deus pude estudar e hoje estou tendo essa oportunidade", revelou. João Doria (PSDB), que ganhou o prêmio "brasileiro do ano em Política", demonstrou irritação quando foi receber seu prêmio. Depois de fazer alguns agradecimentos, o tucano pediu espaço no microfone para rebater as intervenções pró-Lula e subiu o tom. "Tenho muito orgulho do juiz Sergio Moro e do ministro Barroso. Delegados e promotores públicos que colocaram o Lula na cadeia, onde deveria estar há muito tempo. Fui eleito duas vezes em São Paulo e vou fazer de tudo para o País derrotar vocês petistas, esquerdistas e vigaristas", disparou, enquanto parte da plateia seguia gritando "Lula livre".