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A Polícia Federal (PF) está nas ruas, nesta quarta-feira (5), para cumprir 11 mandados de prisão preventiva, e 26 de busca e apreensão da 57ª fase da operação Lava Jato, batizada de "Sem Limites". Um dos mandados de busca e apreensão é contra Omar Emir Chaves Neto. Ele é diretor de uma empresa de transporte marítimo.
Chaves Neto era ligado a Konstantinos Kotronakis, ex-cônsul honorário da Grécia. Kotronakis chegou a ser proibido de deixar o país, pelo então juiz federal Sérgio Moro, por suspeita de pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Konstantino Kotronakis foi alvo da 43ª fase da Operação Lava Jato. Ele usou o nome do Grupo Libra para se apresentar em 4 das 17 visitas que fez pessoalmente à Petrobrás. O grupo é um dos maiores doadores da campanha de Michel Temer em 2014.
Na época, os investigadores acharam ligação de Kotronakis e de seu filho Georges Kotronakis com dois operadores de propinas ligados aos esquemas do PMDB e do PP na corrupção na Petrobrás: Jorge Luz e Henry Hoyer.
A força-tarefa identificou nos registros de reuniões da estatal uma agenda em que aparecem os nomes de Kotronakis, Luz e Hoyer – esse, alvo também da 43ª fase. Jorge Luz – preso desde o início de 2017 com seu filho Bruno Luz – é considerado um dos mais antigos lobistas que atuavam na Petrobrás, com vínculos com medalhões do PMDB.
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Os policiais permaneceram cerca de uma hora no apartamento de Chaves Neto, no Rio de Janeiro (RJ). Eles apreenderam um computador, um HD externo e um celular.
A Operação “Sem Limites”, de acordo com a PF, investiga ação de uma organização criminosa que agia na área de trading da Petrobras. Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, e 26 de busca e apreensão. Até o momento, cinco pessoas foram presas no estado do Rio de Janeiro.
A investigação envolve o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras, entre 2009 e 2014. O pagamento, ainda conforme a polícia, foi feito por grandes empresas do mercado de petróleo e derivados – conhecidas como tradings.
Dos 11 mandados de prisão preventiva, que são por tempo indeterminado, 10 devem ser cumpridos na cidade do Rio de Janeiro, e um em Petrópolis (RJ).
Entre os detidos, estão os advogados Gustavo Buffara Bueno e André Luiz dos Santos Paza que, de acordo com as investigações, lavavam dinheiro para agentes públicos.
Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. Os investigados podem responder por corrupção, organização criminosa, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, segundo a PF.
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