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Até novembro deste ano, o senador eleito Flávio Bolsonaro era figura frequente no Twitter. Chegou a fazer sete postagens em um mesmo dia. Após a divulgação do escândalo envolvendo o seu ex-assessor e motorista, o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, no entanto, o filho do presidente eleito Jair Bolsonaro sumiu. Há exatos nove dias que ele não posta nada.
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Sua última postagem foi no dia oito deste mês. Na ocasião, ele disse continuar com a sua consciência tranquila, pois nada fez de errado. “Não sou investigado. Agora, cabe ao meu ex-assessor prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários ao Ministério Público”, disse.
O grande problema é que o Queiroz, a quem Flávio atribui a necessidade de esclarecimentos, está mais sumido do que o senador eleito. O motorista, que entrou na mira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após ser detectada uma movimentação atípica no valor de R$ 1,2 milhão em sua conta entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, nunca deu as caras desde a divulgação das denúncias. Enquanto isso, o caso fica cada vez mais enrolado. As filhas do motorista também apareceram como contratadas do gabinete de Flávio Bolsonaro, sendo que uma delas, Nathalia de Melo Queiroz, chegou a trabalhar no gabinete do patriarca da família, Jair Bolsonaro. Em outra denúncia, consta que enquanto Nathalia assessorou o deputado estadual e senador eleito na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) trabalhava também como recepcionista em uma academia a 14 quilômetros da Alerj e fazia faculdade de Educação Física na Universidade Rio Branco, em Realengo, a 30 quilômetros da casa legislativa. Além disso, Wellington Romano, outro ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj e um dos funcionários que repassou dinheiro ao motorista, em 1 ano e 4 meses como assessor, passou 248 dias em Portugal recebendo integralmente seu salário de R$5.400. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba maisContinuo com minha consciência tranquila, pois nada fiz de errado. Não sou investigado. Agora, cabe ao meu ex-assessor prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários ao Ministério Público.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) 8 de dezembro de 2018