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Citado com movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) o policial militar Fabrício de Queiroz, que assessorou o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), realizava saques em dinheiro em valores similares a depósitos feitos em conta.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, na edição desta terça-feira (11), essa movimentação é característica de uma conta de passagem, na qual o real destinatário do valor creditado não é o seu titular. O uso de dinheiro em espécie nas duas pontas da operação reforça esse indício.
Procuradores, policiais federais e auditores fiscais afirmam que o uso de dinheiro vivo em transações bancárias costuma ter como objetivo ocultar o destinatário ou remetente dos recursos. A prática dificulta a identificação dos responsáveis pelas transações.
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Uma das hipóteses já levantadas é de que o policial militar fosse o responsável por recolher uma parcela dos salários de assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro - sete aparecem no relatório transferindo recursos a Queiroz.
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Nos dias 16 e 17 de fevereiro, por exemplo, Queiroz fez três saques de R$ 5.000 cada um, totalizando R$ 15 mil. O movimento foi acompanhado de cinco depósitos em espécie feitos em sua conta entre os dias 15 e 17 de fevereiro, que somam R$ 15,3 mil.
Movimento sincronizado também ocorreu em junho, quando nos dias 14 e 15 ele fez dois saques de R$ 5.000, tendo recebido no mesmo período em depósito de dinheiro vivo R$ 13,2 mil.
O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou uma investigação criminal sigilosa com base no relatório, que cita membros do gabinete de 22 deputados estaduais - entre eles Flávio Bolsonaro.
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Casa humilde
Também em reportagem nesta terça-feira, o jornal O Globo, mostrou a casa onde Fabrício de Queiroz mora com a esposa, Márcia Aguiar - que também atuou como assessora de Flávio na Alerj.
Segundo o jornal, o casal mora em uma casa simples e sem pintura externa, em um beco no bairro da Taquara, na Zona Oeste do Rio.
"Na viela onde Queiroz mora com a mulher, Márcia Aguiar, os imóveis são colados uns aos outros. No beco há varais improvisados do lado de fora das casas, fios emaranhados e canos aparentes. Na casa de Queiroz, um adesivo rasgado com as fotos do presidente eleito Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos, vereador no Rio, está colado na fachada. No segundo andar, que tem a laje sem revestimento, tapetes secavam no parapeito ainda sem janela", descreve a reportagem, que não encontrou os moradores em casa.
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