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[caption id="attachment_144130" align="alignnone" width="700"] Foto: Reprodução[/caption]
No dia em que foi eleito, Jair Bolsonaro protagonizou uma cena no mínimo imprópria para o presidente de um país laico, pelo menos em eventos públicos. Antes de invocar diversas vezes a palavra Deus em seu discurso da vitória, o militar chamou o senador Magno Malta, um dos principais articuladores de sua campanha, para uma oração.
E, ao que parece, ele vai repetir o gesto com frequência durante o tempo em que estiver no cargo. Nesta quinta-feira (8), antes da realização de uma reunião com sua equipe e parte dos integrantes dos ministérios já escolhidos, Bolsonaro comandou uma oração. Todos ficaram de joelhos e rezaram. O militar agradeceu a Deus ter vencido a eleição e citou que “agora vamos entrar no covil dos ursos”.
É no mínimo paradoxal que Bolsonaro fale tanto em nome de Deus e, em contrapartida, estimule a violência contra petistas, índios, quilombolas e população LGBT.
Além disso, vale lembrar que no discurso da vitória, ele ignorou as suspeitas de financiamentos milionários feitos por empresários via Caixa 2 para impulsionando de fake news nas redes sociais, e afirmou que venceu as eleições com “grande parte da grande mídia criticando, colocando-me numa situação vexatória”.
#BolsonaroPresidente PRESIDENTE ELEITO E PARTE DA EQUIPE DE MINISTROS QUE VÃO COMPOR O GOVERNO, ORANDO DE JOELHOS! AGORA SIM A BÊNÇÃO VAI SER DERRAMADA EM ABUNDÂNCIA NO BRASIL. @jairbolsonaro pic.twitter.com/22A1zjb3RE
— Jouberth ?? (@Jouberth19) 7 de novembro de 2018