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Entidades como Observatório da Intervenção, Conectas e outras se manifestaram em Genebra, nesta terça-feira (6), no Conselho de Direitos Humanos da ONU, denunciando o Brasil por conta da intervenção federal no Rio de Janeiro e pela incapacidade de dar uma resposta diante dos mais de seis meses do assassinato da vereadora Marielle Franco.
O coordenador de Dados do Observatório da Intervenção, Pablo Nunes, destacou "as violações de direitos humanos no contexto da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro".
"Em sete meses, os crimes violentos não foram reduzidos e os confrontos entre organizações criminosas e a polícia aumentaram. Mais de 916 pessoas morreram por forças de segurança no Rio, um aumento de 49% em comparação ao mesmo período do ano passado", alertou Nunes.
De acordo com Nunes, o Brasil tem vivido um "aumento do uso de militares para a segurança pública e operações de ordem. Nos últimos dez anos, 44 decretos autorizando o uso de forças militares em operações de segurança pública foram emitidos. O resultado tem sido o aumento das violações de direitos humanos", destacou.
Nunes falou ainda sobre o assassinato de Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes: "Até agora, o crime continua sem uma resposta e as autoridades fracassaram em identificar quem matou Marielle Franco e o motivo. Também pedimos que o governo nos dê uma resposta sobre quem matou Marielle Franco", disse.
Na próxima quinta-feira, 20, a ONU vai receber ainda a presença da viúva da vereadora, Mônica Benício.
Com informações do Estadão