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Por Daniel Samam
A prisão do governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), há 30 dias do fim do seu mandato, é mais um capítulo do ativismo político do Poder Judiciário.
Baseada numa delação de 8 meses atrás que, como de praxe, não foi confirmada por qualquer tipo de prova, acusando o governador de um crime da época em que este era vice-governador. O delator, Carlos Miranda, depois de dizer aquilo que o Judiciário queria ouvir, está em prisão domiciliar.
Que fique claro, tais acusações não passam de mero pretexto pra pirotecnia do ato da prisão cumprir o propósito de criminalizar a atividade política.
Essa ação de hoje (29) tem como consequência o fortalecimento da narrativa para a sociedade chancelar uma solução de recorte autoritário que hoje no Estado do Rio tem nome e sobrenome: Wilson Witzel.
Pra quem ainda tergiversa com o estado de exceção promovido pelos ativistas do Judiciário que se concentram na Operação Lava Jato, cuidado. Lembrem-se que depois do A, vem o B, o C, o D e assim por diante. O próximo pode ser você.
Daniel Samam é músico e educador. É membro do Instituto Casa Grande e do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores.