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Bernardo Bertolucci, um dos maiores cineastas do seu tempo, autor de obras-primas como "O último tango em Paris" (1972), "O último imperador" (1987), "Antes da revolução" (1964), "1900" (1976), "O conformista" (1970 e "Os sonhadores" (2003), morreu nesta segunda-feira (26), aos 77 anos.
A causa da morte não foi revelada. De acordo com o jornal "Corriere Della Sera", ele estava em casa, em Roma, e morreu após "uma longa doença".
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O diretor foi assistente de Pier Paolo Pasolini e estreou em voo solo com “A Morte”, de 1962, baseado em argumento e roteiro do antigo chefe. Dois anos mais tarde, viria “Antes da Revolução”.
Normalização do fascismo
Em 1970, filmou “O Conformista”, adaptação do romance homônimo de Alberto Moravia sobre a normalização do fascismo. Protagonizado por uma das estrelas da época, o francês Jean-Louis Trintignant, o filme foi premiado no Festival de Berlim e indicado ao Oscar de roteiro adaptado.
Sua consagração foi com "O último tango em Paris" (1972), filme que causou polêmica e foi censurado em várias partes do mundo, sobretudo por conta de uma cena de sodomia que envolvia os atores Marlon Brando e Maria Schneider.
"A sequência da manteiga foi uma ideia que tive com Marlon na manhã anterior à filmagem", lembrou o diretor. "Fui horrível com Maria, porque não lhe disse o que iria acontecer". De acordo com ele, a intenção era fazer Schneider reagir "como uma menina, não como um atriz".
Bertolucci foi o único italiano a vencer o Oscar de melhor diretor. No mesmo ano, venceu ainda como melhor filme e melhor roteiro por "O último imperador" (1987). O longa levou, ao todo, nove estatuetas. Em maio de 2011, ele recebeu uma Palma de Honra, no Festival de Cannes, pelo conjunto de sua obra.
Além de filmes de ficção, Bertolucci dirigiu documentários. Ele iniciou a carreira artística como poeta e também assinou, como roteirista, "Era uma vez no oeste" (1968), de Sergio Leone, entre outros.
Ele era casado desde 1978 com Clare Peploe.
Com informações do G1, da Folha e do Corriere Della Sera
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