Rede Saraiva de livrarias alcança prejuízo de R$ 675 milhões e pede recuperação judicial

A Saraiva, maior rede de livrarias do país, fez nesta sexta-feira (23) pedido de recuperação judicial após não conseguir acordo com fornecedores para recuperação das dívidas. No pedido, a empresa apresentou débitos de 675 milhões de reais. A empresa afirmou em comunicado ao mercado que “a recuperação judicial não altera, de forma alguma, o funcionamento da (área de) varejo, que segue, na data de hoje, com 85 lojas físicas em todo o Brasil e com sua operação de comércio eletrônico”. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais No pedido feito à Justiça, a Saraiva lembrou que vem tentando reestruturar o próprio negócio – processo que está sendo tocado em conjunto com a consultoria Galeazzi & Associados. Recentemente, a companhia encerrou as atividades de 19 pontos de venda, sendo oito lojas tradicionais e 8 unidades iTown, que vendiam produtos de tecnologia da marca Apple. Neste processo, cortou 700 funcionários. Apesar de a venda de livros apresentar uma pequena alta em 2018 – de cerca de 5% em valores, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) –, a Saraiva lembrou que o preço do produto tem subido bem menos do que a inflação. Segundo a companhia, enquanto o IPCA – índice oficial de inflação – subiu 53,8% de 2000 a 2017, o valor unitário do livro avançou caiu 8%, na mesma comparação. A companhia acumula de janeiro ao final de setembro prejuízo líquido de 103 milhões de reais, mais que o dobro em relação ao resultado negativo de 50 milhões de um ano antes. Fundada em 1947, a origem da Saraiva remonta, no entanto, a 1914, quando o livreiro Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português, abriu um pequeno sebo na rua do Ouvidor, em São Paulo, chamado Saraiva & Cia. A Saraiva é uma companhia aberta desde 1972. Em 2008, adquiriu a rival Siciliano. Agora que você chegou ao final deste texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais Com informações da revista Exame e do Estadão