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[caption id="attachment_144480" align="alignnone" width="540"] Foto: Reprodução[/caption]
Em um dos momentos mais tensos do interrogatório do ex-presidente Lula, na tarde desta quarta-feira (14), em Curitiba, ele acusou o juiz Sérgio Moro de ser amigo do doleiro Alberto Youssef. A afirmação não foi bem recebida pela juíza Gabriela Hardt. O fato ocorreu quando seu advogado, Cristiano Zanin, questionou sobre como eram realizadas as indicações para a diretoria da Petrobras, de acordo com informações de Bernardo Barbosa e Guilherme Mazieiro, do UOL.
“Eu não sei por que cargas d'água, no caso Petrobras, houve essa questão de jogar suspeita sobre indicações de pessoas. É triste, mas é assim. Possivelmente, por conta de que o delator principal é o (Alberto) Youssef, que era amigo do Moro desde o caso do Banestado (Banco do Estado do Paraná). É isso, lamentavelmente é isso", destacou.
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O doleiro foi um dos primeiros delatores da Lava Jato, em 2014, e teve seu acordo homologado por Sérgio Moro. Uma década antes, o juiz também homologou o acordo de delação de Youssef por sua colaboração com as investigações do escândalo do Banestado (o escândalo do Banestado envolveu remessas ilegais de divisas, pelo sistema financeiro público brasileiro, para o exterior, na segunda metade da década de 1990).
Após as declarações de Lula, a juíza rebateu se dirigindo a Zanin: “Doutor, por favor. Ele não vai fazer acusações sobre meu colega aqui”, disse. Lula respondeu que não estava fazendo acusações, mas “constatando um fato”. “Não é um fato, porque o Moro não é amigo do Youssef e nunca foi”, rebateu Gabriela. “Mas manteve ele (Youssef) sob vigilância oito anos”, continuou Lula, em um dos muitos momentos de bate-boca entre os dois.
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