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[caption id="attachment_144458" align="alignnone" width="700"] Foto: Reprodução[/caption]
O início do interrogatório de Lula, na tarde desta quarta-feira (14), em Curitiba, foi tenso. O ex-presidente, inicialmente, diz à juíza pensar que a acusação contra ele era a de ser proprietário do sítio de Atibaia. “Não, não é isso que acontece. É se beneficiar de reformas que foram feitas. A acusação passa pelo senhor ser dono do sítio, mas a acusação imputada é de o senhor ser beneficiário das reformas que foram feitas por essas três pessoas que eu lhe falei”, respondeu a juíza federal substituta Gabriela Hardt.
Em seguida, ambos chegam a discutir. "Doutora, eu só queria perguntar para o meu esclarecimento. Eu sou o dono do sítio ou não? Porque eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta. Eu sou dono do sítio ou não?”, questionou Lula.
“Isso o senhor que tem que responder e eu não estou sendo interrogada nesse momento”, disse a juíza. Lula interrompeu dizendo que tem que responder é quem o acusou. Gabriela Hardt então chamou a atenção de Lula: “Senhor ex-presidente, esse é um interrogatório. E se o senhor começar nesse tom comigo a gente vai ter problema”.
Apesar do encaminhamento do interrogatório, não há nenhuma prova de que o ex-presidente era o proprietário do sítio de Atibaia. Pelo contrário. Em depoimento nesta segunda-feira (12) à mesma juíza, o empresário Fernando Bittar afirmou ser dono da propriedade é que apenas emprestou a Lula e à sua esposa, dona Marisa Letícia, já falecida.
Fato é que, como não há possibilidade de condenar o ex-presidente pelo fato dele ser proprietário do sítio, pois não há provas disso e o próprio Bittar já admitiu ser o dono do imóvel, o objetivo da acusação é indiciá-lo como beneficiário das reformas do sítio, que nem é dele.
Acompanhem trecho do interrogatório:
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