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[caption id="attachment_144301" align="alignnone" width="615"] Foto: Reprodução/Justiça Federal do Paraná[/caption]
Meire Poza, contadora condenada na Operação Lava Jato pelo crime de lavagem de dinheiro, protocolou na Justiça documentos que comprovariam que ela era uma espécie de informante da Polícia Federal, a respeito de outros acusados. Além disso, ela alega que tinha acesso a informações sigilosas da operação, de acordo com reportagem de Wálter Nunes, da Folha de S.Paulo.
O problema é que, caso ela tenha sido mesmo uma colaboradora informal, sem, no entanto, ter assinado acordo de delação, pode levantar questionamentos a respeito da legalidade da ação. A contadora foi assessora do doleiro Alberto Youssef antes da prisão dele e foi denunciada por viabilizar o repasse de R$ 2,3 milhões em propina ao ex-deputado André Vargas.
O juiz Sérgio Moro, em agosto, condenou Meire a 2 anos e 3 meses de prestação de serviços comunitários, além de multa. Ele levou em consideração a colaboração da contadora como atenuante. A Procuradoria recorreu da decisão, solicitando o endurecimento da pena e colocou em dúvida a efetividade da ajuda da contadora.
A defesa de Meire juntou aos autos as conversas que ela mantinha no celular com os delegados Márcio Anselmo e Eduardo Mauat, os agentes federais Rodrigo Prado Pereira e outro identificado apenas como "Gabriel PF" e o procurador da República Andrey Borges, todos com atuação na Lava Jato. Meire também recebia no celular informações dos bastidores da operação. Por enquanto, a Polícia Federal não comentou a informação.
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