Deputado petista diz que ex-procurador da Lava Jato fará parte da equipe de Moro

Paulo Pimenta, que é um dos advogados de Lula, diz ainda que Moro já sabia do convite ao vazar a delação de Palocci. No Facebook, o procurador Santos Lima festejou a vitória de Bolsonaro.

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Atribuindo a informação ao vice-presidente eleito, General Hamilton Mourão (PRTB), o deputado Paulo Pimenta (PT/RS) disse que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que fez parte da Operação Lava Jato e ficou conhecido pelos comentários e declarações polêmicas, deve fazer parte do superministério da Justiça, caso o juiz Sérgio Moro aceite o convite de Jair Bolsonaro (PSL) para comandar a pasta. "Não menos grave é a informação de que o procurador Carlos Fernando, um dos Golden Boys da Lava Jato, não só fará parte de uma eventual equipe de Moro, como durante a campanha já sabia havia sido contatado e informado desta possibilidade caso @jairbolsonaro fosse eleito", tuitou o parlamentar, com a hashtag #LavaToga. Santos Lima deixou a Operação Lava Jato no dia 20 de setembro, em plena campanha eleitoral, dizendo que tinha mais apoio quando o PT era o alvo principal. Em sua página no Facebook, onde criou polêmicas com seus comentários, Santos Lima festejou a vitória de Bolsonaro em publicação no domingo (28), logo após o resultado das eleições. "A democracia pune aqueles que enganam o povo, e Bolsonaro hoje foi um instrumento dessa punição. Agora é hora de mostrar que é possível algo diferente, dentro das regras constitucionais, pois se não muitos perderão a confiança de que é possível um governo justo, honesto e para toda a população". Moro já sabia Segundo Pimenta, Mourão disse que Moro já sabia que seria convidado para ser ministro, caso Bolsonaro fosse eleito, antes de levantar o sigilo da delação premiada de Antonio Palocci. "Moro atuou na campanha como cabo eleitoral", diz o deputado. Nesta quarta-feia, o jornal Valor Econômico informou, em reportagem de Cristiane Agostine, que Mourão teria dito que o contato com Moro foi feito por Paulo Guedes, durante a campanha. "Agora fica mais fácil de entender a implacável perseguição da Lava Jato contra @LulaOficial, o desespero de Moro para que o Habeas Corpus para soltar Lula não fosse cumprido e a decisão para que Lula permanecesse isolado durante a campanha, sem nenhum contato com a imprensa", afirmou Pimenta. Veja a sequência de tuítes do deputado petista.