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Em artigo em seu blog, o pastor progressista Ricardo Gondim, presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, compara o cenário atual no Brasil com o da Alemanha na era pré-Hitler e dispara: "o Brasil pode dar os primeiros passos rumo a um neonazismo".
Para Gondim, o caminho para o autoritarismo tem seis passos. "Primeiro, criam-se inimigos. Segundo, culpam-se esses inimigos por todos os males da sociedade. Terceiro, um salvador da pátria se apresenta como alguém fora do sistema, eleito por Deus para redimir a todos. Quarto, demonizam-se a imprensa e a liberdade de expressão. Quinto, reprimem-se os desordeiros com violência. Sexto, eliminam-se (desaparecem) os opositores ao avanço do progresso e do esplendor da pátria", relata.
Segundo o pastor, a ruptura e o arrebatamento foram as técnicas usadas por Adolf Hitler para a expansão das ideias nazistas na Alemanha. "Ruptura, porque a perseguição e o esforço de eliminar os judeus exigiram quebra da experiência humana mais básica: o reconhecimento da dignidade do outro. Arrebatamento, porque a euforia política, o fanatismo em relação ao líder, o culto à personalidade, provocaram a suspensão da racionalidade", declara.
Gondim diz que para isso acontecer houve "um acordo tácito entre a sociedade civil, os centros do saber e a própria igreja". "A morte sistemática de judeus, ciganos, homossexuais e testemunhas de Jeová necessitava de uma racionalidade. As rupturas não acontecem de forma abrupta. O fanatismo nunca é súbito", relata.
Nojo
Em sua conta no Twitter, o pastor ainda diz estar com asco do momento vivido no País. "Sou pastor. Há mais de 40 anos lido com o movimento evangélico. Estou com nojo de todo e qualquer crente que embarcou nessa empreitada moralista, bolsonarista".
Presidente da Igreja Betesda, Gondim ainda tece comentários sobre a eleição legislativa que, segundo ele, elegeu um dos mais vergonhosos parlamentos da nossa história. "Loucura absoluta. Não existe esforço contra corrupção, apenas estupidez".Sou pastor. Há mais de 40 anos lido com o movimento evangélico. Estou com nojo de todo e qualquer crente que embarcou nessa empreitada moralista, bolsonarista. Talvez outra expressão seja asco.
— Ricardo Gondim (@gondimricardo) 8 de outubro de 2018