Assim como Bolsonaro, Doria usou disparos de mensagens no WhatsApp para atacar rival no primeiro turno

Um especialista em segurança virtual forneceu à reportagem do UOL dados do sistema que envia mensagens em massa pelo aplicativo de mensagens

Reprodução
Escrito en POLÍTICA el
A campanha do candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) usou disparos de mensagens em massa pelo WhatsApp para atacar o seu adversário no primeiro turno Paulo Skaf (MDB). O tucano utilizou serviço da agência de estratégia digital Yacows, de acordo com reportagem do UOL. A agência também participou do esquema de Jair Bolsonaro (PSL) para atacar o candidato Fernando Haddad (PT). Esse tipo de ação é ilegal e configura Caixa 2, por ser uma doação de empresa para uma campanha eleitoral. Um especialista em segurança virtual forneceu à reportagem, sob condição de sigilo de sua identidade, dados do sistema que envia mensagens em massa pelo aplicativo de mensagens. Uma das mensagens enviadas foi uma em que aparece um carimbo de “urgente” em cima de uma foto de Skaf. Nela, aparece que a Polícia Federal diz que Skaf recebeu 5,1 milhões da Odebrecht. O vídeo traz trechos de um depoimento de Marcelo Odebrecht em que ele diz ter feito doações para uma campanha do candidato do MDB. A mensagem foi enviada no primeiro turno das eleições. Esse tipo de ilegalidade pode resultar em multas que vão de R$ 5 mil a R$ 30 mil e penas de dois a quatro anos de prisão. A reportagem do UOL afirma que entrou em contato com a assessoria de imprensa da campanha de Doria, que disse que não iria se manifestar sobre o assunto. Também foi tentado o contato com os sócios da Yacows, mas nenhum atendeu às chamadas.