Escrito en
POLÍTICA
el
Cientistas brasileiros divulgaram um manifesto em que afirmam que são a favor da democracia. De acordo com o documento que, até a tarde desta segunda-feira (22) tinha mais de 600 assinaturas, os regimes autoritários instrumentalizam a ciência para fins contrários aos interesses da sociedade.
“Boa ciência necessita da crítica e do contraditório, do reconhecimento das diferenças e do respeito a opiniões divergentes, todas características que somente podem florescer em ambiente democrático”, diz o texto.
De acordo com o manifesto, os cientistas estão unidos independente das posições e ideologias de cada um deles. “As imperfeições do processo democrático necessitam correções, porém nunca deverão servir de pretexto para que renunciemos à democracia”.
Além disso, os cientistas que assinaram o documento afirmam que repudiam, com veemência, toda e qualquer apologia à tortura, as inúmeras formas de violação e as ameaças à preservação do meio ambiente praticadas por regimes autoritários do passado e do presente.
Leia também
Bolsonaro já defendeu a tortura e o fuzilamento de FHC. Veja o vídeo
“O fazer ciência pela vida, pelo progresso social, pelo bem estar da população, passa pela garantia da manutenção das liberdades, dos direitos humanos, pela pluralidade de ideias, pela eliminação da intimidação, da discriminação e da tortura, e pela oposição a qualquer tipo de violência”, diz o manifesto.
De acordo com a Dra. Aldina Barral, que faz parte do grupo de articuladores do projeto, a ideia de unir os cientistas pela democracia veio de um incomodo geral e da vontade de lutar por aquilo que se acredita. Segundo ela, a ideia rapidamente teve adeptos e já existem mais cientistas querendo fazer parte da união. “Já temos mais adeptos”, afirmou.