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Inquérito da Polícia Federal, concluído nesta semana, aponta que Michel Temer acompanhou a reforma na casa de sua filha, Maristela Temer, que, segundo os investigadores, teria sido feita com dinheiro de propina.
As frequentes trocas de mensagens entre a filha de Temer e Maria Rita Fratezi, mulher e sócia do coronel João Baptista Lima Filho, operador do presidente segundo a PF, é um dos indícios apontados no documento.
Maristela disse, em seu depoimento prestado à PF, "que seu pai Senhor Michel Temer não auxiliou com nenhuma parte dos recursos que a depoente utilizou para custear a obra em sua residência..."
Em uma troca de mensagens realizada entre elas no período em que as obras estavam em andamento, em 2014, no entanto, Maria Rita disse que havia enviado um e-mail com um orçamento. Como resposta, Maristela questionou:
— Ok. Passo para o papai?
— Passei os preços para o João (Baptista), que disse que vai aprovar com ele. Fica bem assim?, perguntou Maria Rita.
— Claro. Obrigada. — respondeu a filha de Temer.
A PF considera que a troca de mensagens "não deixa dúvida sobre o acompanhamento da obra por Michel Temer, assim como as tratativas diretas entre o Coronel Lima e Michel Temer para soluções sobre os custos da obra".
A reforma na casa da filha de Temer, avaliada em mais de R$ 1 milhão, é apontada no relatório da PF como uma das principais provas do crime de lavagem de dinheiro praticado pelo presidente. Tanto ele quanto sua filha foram indiciados por esse delito.