Escrito en
POLÍTICA
el
Manifestantes contrários ao reajuste atearam fogo em pneus e fecharam parte da Avenida Nove de Julho, no centro, por volta das 6 horas desta terça-feira (9).
Da Redação*
O reajuste das tarifas do transporte público em São Paulo continua provocando protestos. Um grupo de manifestantes contrários ao aumento ateou fogo em pneus e fechou parte da Avenida Nove de Julho, no centro, por volta das 6 horas desta terça-feira (9). A barricada foi montada num trecho pouco antes da entrada do túnel, nas imediações da Avenida Paulista. O protesto seguiu pacífico, de acordo com a Polícia Militar.
Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o protesto bloqueou duas faixas, além do corredor de ônibus que passa pela avenida. O protesto foi iniciado quando dois homens encapuzados atearam fogo em vários pneus. O consultor da área de comunicação e relações internacionais, Marcelo Menna Barreto, conta que os manifestantes puseram uma faixa na passarela em frente à Fundação Getúlio Vargas com a inscrição “R$ 4 nunca”. “Ficou meio retorcida. Era negra, com letras brancas”, relata. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou o fogo. O tráfego de veículos já estava liberado no local por volta das 6h46, de acordo com a CET.
Desde o último domingo (7), a tarifa dos ônibus que circulam na capital paulista subiu de R$ 3,80 para R$ 4, um reajuste de 5,3%. O aumento na passagem também deverá ser seguido pelo metrô e pelos trens da CPTM, após conversas entre as gestões dos tucanos João Doria e Geraldo Alckmin para adotar uma elevação conjunta.
Após ser eleito, Doria prometeu congelar a tarifa de ônibus em 2017 - decisão que levou ao crescimento de subsídios ao transporte para um patamar perto de R$ 3 bilhões. Em abril deste ano, houve alta na integração, para quem utiliza conjuntamente metrô, trem e ônibus (de R$ 5,92 para R$ 6,80), mas não no preço unitário.
O prefeito também reajustou os bilhetes diário (de R$ 16 para R$ 20) e mensal (de R$ 230 para R$ 300) - no caso, acima da inflação. A Justiça chegou a suspender os aumentos, apontando que pessoas que moram em locais mais distantes seriam mais prejudicadas. Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, porém, os liberou.
*Com informações da Folha de S.Paulo
Foto: Reprodução/TV Globo