Boulos volta a criticar perseguição judicial a Lula: “Afastá-lo seria uma aberração”

Para o líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), “condenação seria um profundo ataque à democracia. O Judiciário retiraria no tapetão e de forma casuística o candidato mais popular. Seria um novo momento do golpe”.

Lula e Boulos (Foto: Ricardo Stuckert)
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Para o líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), “condenação seria um profundo ataque à democracia. O Judiciário retiraria no tapetão e de forma casuística o candidato mais popular. Seria um novo momento do golpe”. Da Redação* O líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, voltou a criticar a perseguição judicial e midiática ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e classificou a condução do processo contra o petista como uma a “aberração jurídica”. “Primeiro, Sergio Moro o condenou sem provas, num julgamento político. As cartas estavam marcadas. Agora, o TRF-4 acelera todos os ritos e antecipa o julgamento, no pior estilo sumário dos tribunais de exceção. Respeito muito o Ciro Gomes, mas não acho que Justiça boa seja Justiça rápida. Justiça boa é a que faz justiça e respeita os direitos de defesa, sem linchamentos”, disse Boulos, em entrevista ao blog do jornalista Marcos Augusto Gonçalves. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. “Ninguém está acima da lei, mas também ninguém pode estar abaixo. Lula não está tendo um julgamento justo até aqui. Espero que o tribunal acate o recurso de Lula e desmonte esse absurdo. O MTST estará dia 24 em Porto Alegre com toda sua militância para defender essa posição nas ruas”, acrescentou. Para o líder da Frente Povo Sem Medo, a condenação de Lula seria um “profundo ataque à democracia”. “O Judiciário retiraria no tapetão e de forma casuística o candidato mais popular. Seria um novo momento do golpe”. Boulos também criticou a proposta do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de mudar o regime de governo do país, para um semi-presidencialismo, sem convocação de Assembleia Constituinte. “O sistema político está falido e precisa ser mudado, mas essa mudança deve se dar com a ampliação da participação popular, não com a redução. Para ampliá-la, é necessário adotar mecanismos que envolvam referendos e plebiscitos em temas fundamentais; é importante também construir canais de participação mais permanentes da população, através de conselhos deliberativos. É preciso aproximar o poder das pessoas. Democracia não pode ser apenas apertar um botão a cada quatro anos”, afirmou. Acompanhe a íntegra da entrevista. *Com informações do Brasil 247 e do blog de Marcos Augusto Gonçalves Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Fotos Públicas