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Levantamento encomendado pela Rede Nossa São Paulo também aponta que, na percepção da população, o tempo para marcar consultas e exames na cidade dobrou nos últimos dois anos.
Da Redação*
São que tudo indica, está acabando o fôlego da gestão de João Doria (PSDB). A administração do tucano foi considerada boa ou ótima para somente 15% dos entrevistados da pesquisa Ibope/Rede Nossa São Paulo. Para 43%, a gestão é regular. 41% consideram o governo ruim ou péssimo. O levantamento foi realizado entre 8 e 27 de dezembro com 800 entrevistados. A margem de erro é de três pontos. As informações são de Guilherme Balza, da Rádio CBN.
A avaliação das prefeituras regionais também é negativa. 12% classificaram como boa ou ótima, 38%, regular e 46%, ruim ou péssima. A pesquisa mostra que o serviço público de saúde é cada vez mais utilizado: 84% dos entrevistados responderam que recorreram ao SUS, um aumento de dez pontos percentuais com relação à pesquisa anterior, feita em dezembro de 2015. É o maior percentual da série histórica.
Mas o levantamento traz um dado que coloca em xeque uma das principais bandeiras da gestão Doria: o Corujão da Saúde. Os entrevistados disseram que a espera para a realização de exames foi de 161 dias, contra 98 dias na pesquisa de 2016. Já a espera para consultas dobrou: de 82 para 160 dias. Na rede privada, também aumentou o tempo de espera para consultas, de 15 para 70 dias; e de exames, de 18 para 68 dias.
O sociólogo Américo Sampaio, gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo e comentarista da CBN, diz que a prefeitura precisa qualificar melhor a fila na saúde. “A prefeitura precisa se empenhar não apenas em reduzir o tempo de espera, mas qualificá-la e construir mecanismos de informar o cidadão que quer usar algum tipo de serviço; deixar claro quanto tempo falta para ele ser atendido”.
Mais um dado significativo: 39% dos entrevistados disseram ter esperado por vagas em creches nos últimos anos. O tempo médio apontado é de 283 dias. A nota para a qualidade de vida na cidade subiu, passando de 5,4, em 2015, para 6, em 2017. 61% dos entrevistados disseram que sairiam da capital se pudessem. Na pesquisa anterior, eram 68%.
Procurada, a prefeitura informou que desconhece a metodologia da pesquisa e que não comentará os resultados.
*Com informações da Rádio CBN
Foto: Divulgação