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Moreira Franco, chefe da Secretaria-Geral da Presidência foi citado na delação premiada de Lúcio Funaro.
Da Redação
Depois de homologada a delação premiada do operador e doleiro Lúcio Funaro, foram entregues à Polícia Federal documentos que comprovam o envolvimento de três importantes aliados de Michel Temer. Um deles é o amigo íntimo do presidente, Geddel Vieira Lima, preso novamente nesta sexta (8) pela PF, após encontrarem R$ 51 milhões em espécie em apartamento usado por ele.
Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo e o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Este, que hoje é o principal braço direito de Temer e o ministro mais poderoso do Planalto, recebeu mais de R$ 6 milhões em operação envolvendo os cofres da Caixa Econônica Federal e o grupo Bertin, em 2009, segundo conta o delator. Funaro afirma ainda que os três citados se envolveram em fraudes milionárias envolvendo o banco público.
Nesta mesma delação, Michel Temer é apontado como lobista e cobrador de repasses de caixa dois. Seria também um dos destinatários da propina vinda dos esquemas do ex-deputado Eduardo Cunha. O doleiro afirma que nunca conversou diretamente com Michel Temer sobre dinheiro, "pois essa interface era feita por Eduardo Cunha", mas que era informado pelo ex-presidente da Câmara sobre as divisões desses repasses ilegais.
Funaro garante que Temer "sempre soube" de todos os esquemas operados por Cunha. "Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer", declarou.
Michel Temer é protagonista de dois repasses de propina na delação de Lúcio Funaro. O primeiro deles é de R$ 1,5 milhão provenientes do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com executivos da JBS.
Funaro conta ter intermediado um pagamento de R$ 7 milhões da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ex-ministro da Agricultura, Antônio Andrade. O presidente também teria intermediado um pagamento de R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.
*com informações da Veja
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil, Reprodução/ TV Globo e Beto Barata/PR