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Delação premiada foi homologada pelo STF e revelou crimes como venda de legislação e grandes esquemas de corrupção envolvendo o PMDB.
Da Redação
Saiu a homologação da delação premiada que pode fortalecer a segunda denúncia a ser apresentada contra o presidente Michel Temer. Nela, o operador e doleiro Lúcio Funaro, que trabalhou informalmente por mais de dez anos para o PMDB, acusa Temer de fazer lobby para políticos e cobrar repasses de caixa dois.
Além disso, segundo Funaro, Temer é um dos destinatários da propina vinda dos esquemas do ex-deputado Eduardo Cunha. O doleiro afirma que nunca conversou diretamente com Michel Temer sobre dinheiro, "pois essa interface era feita por Eduardo Cunha", mas que era informado pelo ex-presidente da Câmara sobre as divisões desses repasses ilegais.
Funaro garante que Temer "sempre soube" de todos os esquemas operados por Cunha. "Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer", declarou.
Michel Temer é protagonista de dois repasses de propina na delação de Lúcio Funaro. O primeiro deles é de R$ 1,5 milhão provenientes do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com executivos da JBS.
Funaro conta ter intermediado um pagamento de R$ 7 milhões da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ex-ministro da Agricultura, Antônio Andrade. O presidente também teria intermediado um pagamento de R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.
*com informações da Veja
Foto: Reprodução/TV Globo e Beto Barata/PR